6:00 horas da manhã.
Acordei e por incrível que pareça, meu despertador não tocou, como em todas as manhãs de trabalho.
Como o sono ainda era grande pra ter vontade de verificar algum problema no maldito despertador, deixei pra lá e com cara de quem foi dormir há 10 minutos, levantei e fui direto para o banheiro. Me olhei no espelho e uma descabelada, com olheiras e uma marca de travesseiro dobrado no rosto, olhou para mim de volta.
Espreguicei-me e repassei pela mente tudo o que eu tinha que fazer naquele dia.
Muitos papéis, encontros, reuniões, enfim... um dia daqueles!
Alguns minutos depois, já estava pronta para aparatar pra o trabalho.
Ministério da Magia, conhecem?
Então, esse mesmo.
Me formei faz 2 anos e agora trabalho no Departamento de Cooperação Internacional.
É um trabalho bom, mas muito difícil e toma praticamente todo meu tempo.
Meu chefe é uma graça. Não, não estou dando em cima de ninguém! Mas que é verdade, é.
Fazer o que?
Então de segunda à sexta, acordo às 6 horas, me arrumo e vou para o trabalho.
E hoje não foi diferente.
Aparatei.
Todos os dias, chegando no Ministério, cumprimento a todos conhecidos, muitos aparatando, muitos saindo de lareiras, aquela confusão matinal cotidiana, jogo uma moedinha na fonte, pego o elevador e.... ei!! Cadê todo mundo?
Olhei para o lado, ninguém. Olhei para frente, ninguém. Olhei para as lareiras, ninguém. Pro elevador... advinha? Ninguém.
- Merlin! Estou sonhando, só pode! – me belisquei bem forte – Aaai!
Ou meu beliscão foi muito fraco (Impossível! Olha o roxo!), ou realmente não era um sonho e o Ministério da Magia estava que nem as Faculdades Bruxas Federais: de greve!
- Alôôô? Alguém aí? – gritei bem alto.
Ninguém respondeu.
Continuei andando em direção à fonte. Meus passos ecoando no silêncio total, esperando alguém aparecer a qualquer hora dizendo “Surpresa! Primeiro de Abril!”. Mas nada.
Fui em direção aos elevadores. Todos parados, mas funcionando, ligados e acesos.
- Gente, que coisa estranha! – falei baixinho, mas como se fizesse alguma diferença falar baixo ou não.
Estava me sentindo num filme de terror, misturado com uma comédia muito sem graça tipo “Querida, encolhi o hipogrifo”.
Peguei o elevador e fui para o meu Departamento.
Chegando lá, ninguém.
Olhei para todos os cantos possíveis, mas não vi nenhuma alma penada, nenhum fantasma e ainda, nenhum dos quadros estavam se mexendo. Todas as figuras estavam dormindo em sono profundo.
Estranhando mais ainda a situação, continuei andando, até chegar numa porta marrom. Abri e entrei na minha sala. De cara, já reconheci o ambiente. “Pelo menos ninguém mexeu nas minhas coisas”, pensei comigo.
Entrei, sentei na minha mesa, abri minhas gavetas. Nenhum sinal de arrombamento.
Olhei para as janelas encantadas, e o sol reluzente ofuscou meus olhos (era semana de pagamento, devo dizer! Então os administradores estavam com um ótimo humor!)
De repente, ouvi um barulho do lado de fora da sala. Levei um susto e pulei da cadeira.
Na mesma hora coloquei a mão no bolso da veste e tirei minha varinha e... ops, cadê minha varinha?
- Só faltava essa! – dei um berro com raiva – que Mer....!!!!! – respirei fundo - ...lin, por favor, faça com que isso seja um sonho! Quer dizer, um pesadelo né?!
Ouvi passos e pulei de susto! Ouvi as portas do elevador se fecharem. Alguém tinha chamado.
Olhando em volta e tentando analisar a situação, cheguei à conclusão que, se aquilo realmente não era um sonho, eu teria que pelo menos me proteger!
Procurei em volta alguma coisa, mas só vi uma vassoura no canto. Corri nas pontas dos pés e agarrei a vassoura.
Não ouvi mais passos, barulhos, nem elevador. Tudo voltou ao silêncio de antes.
Me sentindo totalmente ridícula, descabelada e suada, nas pontas dos pés e com uma vassoura velha nas mãos, saí da sala lentamente, procurando fazer o mínimo de barulho. Olhei para todos os lados, nada.
Fui em direção ao elevador, estava no Saguão Principal. “Deve ter alguém lá embaixo!”, pensei.
Ainda na dúvida se iria arriscar a descer e encontrar um dementador, um trasgo ou até Você-Sabe-Muito-Bem-Quem, resolvi encarar e chamei o elevador.
Passados alguns segundos, o elevador chega e eu entro.
Sentindo minha pulsação na garganta, espero um tempo e resolvo apertar o botão. Na mesma hora o elevador se move.
Chegando no saguão, saio do elevador e vejo que as luzes do saguão, a maioria estavam apagadas agora. De longe, contra as poucas luzes acesas, vejo um vulto. A pessoa se vira e... o Sr. Gibble (sim, o faxineiro do Ministério!) olha assustado para mim.
Ah diário, chega. Amanhã eu continuo. Acabei de chegar do Ministério (essa história se passou tem 20 minutos...) e estou exausta!
O que que um DOMINGO não faz com a gente né?
Maldito despertador...
segunda-feira, 12 de março de 2007
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Um comentário:
Só você, Lucy! Acordar em pleno domingão, para ir trabalhar???
Em que mundo você vive? rsrsrs
O bom é que já ficou esperta o resto do dia, né?
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